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Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2016 às 11:57

Pokémon Go inovou, mas agora tem de se reinventar

 

Passados quatro meses do lançamento de Pokémon Go, o jogo demonstra que perdeu boa parte de sua relevância. Já não se veem dezenas de pessoas paradas e cabisbaixas na esquina da Avenida Paulista com a Rua Peixoto Gomide, na região central de São Paulo. Nem no Parque do Ibirapuera – ponto de encontro e berço dos primeiros jogadores – se encontram grupos imensos correndo atrás de um Vaporeon. Agora, de vez em quando, é possível ver cerca de 30 pessoas, paradas no Planetário. Às vezes, até correm atrás de criaturas raras, como um Dratini ou um Porygon. Em uma página sobre o jogo no Facebook, poucas postagens, sempre acompanhadas da pergunta de algum usuário querendo provocar quem é fã do game: “Alguém ainda joga isso?”

“As únicas pessoas que ainda estão em Pokémon Go são os jogadores tradicionais de Pokémon, que já curtiam o game no Game Boy antigamente e continuaram seguindo a saga. A brincadeira esfriou para o grande público, que só soube que Pokémon era um jogo quando Pokémon Go foi lançado”, afirma o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), André Pase. “O encantamento do começo, que foi muito grande, terminou.”

Retomada. No entanto, a Niantic, desenvolvedora do game, tenta achar meios de engajar de novo os antigos usuários. Lançou o pokémon transmorfo Ditto, diminuiu o número dos irritantes Pidgeys e Zubats, criou eventos de datas comemorativas e já começou a lançar a segunda geração de monstrinhos, com o lançamento dos pokémons bebês Pichu, Togepi e Cleffa. Até agora, porém, as mudanças parecem ter surtido pouco efeito e tem gerado até reclamações. 

No evento de Halloween, por exemplo, os usuários reclamaram que só encontravam pokémons fantasmas, sem possibilidade de ver outros monstrinhos. Enquanto isso, muitos se decepcionaram com a nova geração. Esperavam pokémons queridos, como Totodile e Heracross, e no final tiveram que se contentar com a pré-evolução da Jynx e do Electabuzz.

O grande problema, porém, é que mesmo com todas essas atualizações, o jogo continua sem uma narrativa ou um grande objetivo para que as pessoas joguem o game diariamente. Recentemente, a Niantic lançou um esquema de bônus diário. Quem passar por uma “pokéstop” ou capturar um Pokémon diariamente, ganha itens e experiência. Não deu certo.

“A Niantic precisa mostrar que o jogo está em transformação e que todo dia irá trazer algo novo e interessante”, afirma Pase, da PUC-RS. “Interações entre jogadores podem fazer com que as pessoas voltem a olhar para o game de um jeito mais interessado. Mas acho difícil voltar a ter aquela explosão que teve no começo do jogo. Foi um ápice muito grande de popularidade.”

A impressão é de que para trazer todos jogadores de volta e figurar novamente entre os principais aplicativos para iPhone e Android, a Niantic precisa permitir funções mais sociais, como trocas de pokémons e batalhas entre jogadores. Com isso, é possível que as pessoas voltem a se animar e saiam pelas ruas, alterando novamente a rotina das cidades.

tags: pokemon go, novidades, niantics

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